Um novo olhar sobre o media training na era das mídias sociais

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Foi-se o tempo em que o media training consistia apenas no treinamento para que o porta-voz de uma empresa ou uma figura pública estivesse preparado sobre a melhor maneira de falar e agir em uma entrevista com um jornalista ou diante das câmeras de TV, por exemplo. Com a massificação do uso das mídias sociais, surgiram novas percepções sobre o tema.

Com o crescimento vertiginoso do número de brasileiros que usam a internet, todo cuidado é pouco na hora de escrever nas redes sociais e não prejudicar a própria imagem. No Brasil, segundo o relatório Digital in 2017 da We Are Social, em conjunto com a Hootsuite, existem 130 milhões de usuários no Facebook, 120 milhões no Whatsapp, 98 milhões no Youtube, 57 milhões no Instagram, 30 milhões no Twitter e 29 milhões no LinkedIn, apenas para citar as mais populares no país.

 

Condutas inadequadas nas redes sociais custaram o emprego de algumas pessoas.

O fato mais recente foi a demissão de um funcionário de uma multinacional indiana – e torcedor do Flamengo – após ofensas no Twitter ao comentarista de futebol Mauro Cezar Pereira. Tudo por conta de discordâncias sobre a performance do time Rubro-Negro. O jornalista então mencionou a empresa onde o internauta trabalhava e questionou se ela “estimulava seus funcionários a xingarem outras pessoas por discordar sobre futebol”. A resposta da companhia foi rápida: 24 horas após o ocorrido, o tuiteiro mal-educado foi sumariamente despedido.

Já durante a Copa da Rússia no ano passado, um vídeo onde alguns torcedores com a camisa da seleção brasileira assediavam uma jovem supostamente russa – que aparentemente não falava português – viralizou nas redes sociais e causou polêmica. Nas imagens, um dos brasileiros pediu que ela repetisse palavras de cunho sexual enquanto ria debochadamente da moça. O homem foi identificado como funcionário de Latam e demitido após a Copa. Um tenente da Polícia Militar de Santa Catarina, que também fazia parte do grupo, teve que responder a um processo administrativo por conta do episódio.

O caso gerou inclusive a abertura de um inquérito formal pelo Ministério de Interior da Rússia e o envio de um comunicando oficial afirmando que “cidadãos estrangeiros deveriam pedir desculpas publicamente, e para a menina, e todos cidadãos russos diante do sexismo, da falta de respeito às leis da Federação Russa, o desrespeito por um cidadão russo, insultos, humilhação da honra e dignidade de um grupo de pessoas com base em seu gênero.”

Os exemplos não param por aí. Em outro caso polêmico, o diretor geral da filial brasileira da Salesforce perdeu o emprego após uma festa à fantasia onde ele aparecia trajado como “o Negão do Whatsapp”. A demissão foi uma resposta da Salesforce após uma denúncia anônima no sistema interno da empresa com reclamações sobre o tipo de fantasia usada pelo diretor após a história ter se espalhado pelas redes sociais. Concorrente da Oracle, SAP e Microsoft, a Salesforce foi considerada uma das melhores companhias do mundo para trabalhar, de acordo com o LinkedIn.

 

O comportamento nas redes sociais é monitorado por recrutadores

A má conduta nas redes sociais também pode atrapalhar uma recolocação profissional. O site do Tribunal Superior do Trabalho informa que muitos recrutadores de RH conseguem enxergar condutas na internet incompatíveis com os valores que uma empresa possui, o que pode prejudicar bastante a imagem de um candidato em busca de um novo emprego.

Diante de tantas situações causadas por atitudes polêmicas, é fundamental o zelo e a proteção da própria imagem no âmbito profissional e pessoal. Aqui na Agência Lettera temos um time especializado em media training e gestão de crise. Nossa equipe também dá dicas sobre alguns tipos de comportamentos devem ser evitados nas redes sociais.

Antes de postar qualquer comentário, foto ou vídeo em rede social, pergunte a si mesmo se existe alguma chance da postagem causar dores de cabeça no futuro. É importante ter responsabilidade caso o post envolva terceiros. Analise os riscos e lembre-se daquele velho ditado: prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

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